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01 E 02 DE JUNHO DE 2022 | WTC SÃO PAULO - SP
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Profissionais da agência Unbox Shiba e da foodtech Menu debatem o conceito em novas configurações de negócio
Renato Rogenski
29 de outubro de 2020 - 16h18
Flexibilidade e budget estão por trás da busca de profissionais e empresas de marketing as a service (Crédito: Eduardo Lopes)
Moderado por João Gonçalves, CEO da JoGo, o painel “Marketing as a service” trouxe como debatedores Elaine Ishibashi, founder da agência Unbox Shiba, e Peter de Albuquerque, diretor de criação e branding da foodtech Menu. Em pauta, a nova relação dos anunciantes com empresas e profissionais que auxiliam suas marcas na construção das estratégias de marketing e comunicação.
Para Elaine, o conceito de marketing como serviço tem sido bastante puxado por startups de todos os tamanhos, por motivos diversos. Para ela, o principal ponto é que essas novas empresas estão muito plugadas e focadas no desenvolvimento de produtos e modelos de negócios, e às vezes esquecem um pouco o lado da comunicação. Além disso, ela cita como outra questão crucial o budget. Neste aspecto, surge a figura do CMO as a service. “Muitas vezes eles não tem como contratar um CMO com grande experiência no mercado”, diz.
Na análise de Peter, esse novo conceito de marketing as a service também é crucial no momento em que as empresas estão precisando repensar seus modelos e ressignificar seus moldes. Para ele, o caminho de uma modularização de trabalho é extremamente positivo, não apenas sob o ponto de vista de job description de cada profissional, composição de cada equipe, como também de todo o ecossistema de cada negócio.
Para que essa modularidade se torne possível e promova uma cultura fluída na empresa, ele defende a transdisciplinaridade. “Ela desfragmenta o olhar academicista, que se fecha para dentro e promove um ambiente integrador. No lugar de startup a gente já vive isso. A soma dos saberes nos leva para um lugar em comum, sem ilhotas que não se simpatizam entre si. Cada gestor e cada time precisa ter segurança e a coragem de aprender sobre outras ciências, e ter um olhar mais macro, com todos os conhecimentos”, defende.
Além de projetos mais robustos, com entregas de CMO as a service ou marketing as a service, Elaine cita também a existência de serviços de marketing on demand, com atuações mais pontuais, sob medida de acordo com o problema de momento de cada companhia. Para ela, a relação costuma ser de ganha-ganha e eficiência. “Estamos em um novo momento de entendimento e aproveitamento do budget. Não podemos nem pensar em ter desperdício. É hora de planos precisos e execuções perfeitas”, explica.
Na concepção de Peter, o CMO as a service também pode combinar com o trabalho de agências in house. Neste modelo, a equipe precisa estar enraizada nos valores e na agenda que esse profissional propôs para os trabalhos de comunicação e marketing. Para alguns casos, em sua análise, essa pode ser uma solução mais viável do que contratar agências terceirizadas. “Tenho vivido ótimos aprendizados neste sentido. Eu faço a relação desse modelo in house com a metáfora da pele, que está fora e dentro ao mesmo tempo. É compreender de dentro a realidade e produzir isso para fora”, finaliza.
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