Evento ProXXIma
26 a 29 DE OUTUBRO DE 2020 | ONLINE
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Presença cada vez maior das consultorias no marketing demanda muito mais do que expertise em dados, essa foi uma da primeiras discussões do ProXXIma 2018
Luiz Gustavo Pacete
8 de maio de 2018 - 11h36
Em quanto tempo os humanos vão se transformar em máquinas? Com essa provocação, Pyr Marcondes, head do M&M Consulting, abriu o ProXXIma 2018 no WTC, em São Paulo, ressaltando o impacto da revolução digital em diversas frentes como cidades, questões humanas, automóveis, entre outros. Além dos reflexos e do impacto dessa transformação no marketing. O principal objetivo do evento, segundo Pyr, não é gerar respostas, mas provocar questionamentos. Questões, inclusive, permearam o primeiro painel do ProXXIma.
Em quanto tempo os humanos vão se transformar em máquinas? (Crédito: Denise Tadei)
Qual a maior barreira da transformação digital? Dados são suficientes para dar conta da nova jornada do consumidor? Para os profissionais presentes no painel “Digital Transformation: Decode!”, mudança cultural é o principal pilar do desafio na transição de mentalidade das empresas dentro de um ambiente digital. “As necessidades do marketing em relação ao consumidor mudaram e o principal desafio atual das consultorias é participar ativamente do processo de transformação digital dos clientes”, disse Leonardo Cid Ferreira, managing director da Accenture Digital.
A discussão também colocou em perspectiva o papel das consultorias neste processo, não somente sendo especializadas em dados e análises, mas se estruturando para entender cada vez mais a jornada dos clientes e consumidores. “O jogo mudou e a necessidade de entender o consumidor demandou da Accenture um foco na experiência e na jornada. É cada vez mais importante que uma consultoria focada em seus clientes também olhe para o consumidor, seu contexto e o que ele está demandando de mudanças”, disse Leonardo.
Na visão de Wagner Kojo, head of business industry da Stefanini, sua empresa vive um processo de transformação que também ilustra o que muitos clientes e o meio corporativo estão vivendo. “São três pilares principais de mudança. A liderança, no nosso caso a mudança é puxada pelo principal executivo. O segundo é o cultural, liderado pelo RH e o terceiro é a presença cada vez maior dos nativos digitais nas empresas”, afirmou. Mauricio Zaragoza, CEO da Wefit, consultoria digital, ressalta a importância de dar foco na experiência que vá além dos dados. “Quando entramos nos clientes tentamos, inicialmente, mostrar a importância da experiência e do design”, afirmou.
Para os profissionais presentes no painel “Digital Transformation: Decode!”, mudança cultural é o principal pilar do desafio na transição de mentalidade das empresas (Crédito: Denise Tadei)
O desafio da transformação digital também representa uma fonte importante de investimentos. De acordo com a consultoria IDC, o montante das empresas destinados a transformação digital que inclui mudança na estrutura das equipes, treinamento e redesenho de processos, deve somar US$ 1,3 trilhão em todo o mundo, valor 16,8% maior que o que foi investido pelas empresas no ano passado.
O papel do marketing na era dos dados
Dentro da discussão sobre a complexidade da jornada e a quantidade cada vez maior de dados, qual o papel do marketing? Para Leonardo, da Accenture, a área continua sendo dono da comunicação com o consumidor. “Especialmente no Brasil, não há como fazer a gestão da experiência do consumidor sem o marketing. Mas, para isso, ele vai precisar de dados e da compreensão dessas informações, por isso a importância dessa conexão das marcas com as consultorias no ambiente digital”, afirmou.
Mauricio Zaragoza reforçou que o mercado publicitário é o melhor agente para tratar de uma agenda tão complexa, mas também de muitas oportunidades. “Sem as agências, o enfoque criativo, o foco na jornada e o conhecimento da proximidade com o consumidor, ficam sem conexão com a principal ponta que é a comunicação. ” Para Trevisani, é o marketing responsável em fazer a ponte com o consumidor: “o digital não é só um meio ou um canal, ele é a experiência em si. ”
Colaborou Salvador Strano
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